Dia 30 de Julho Dia Internacional da Amizade

Há vinte anos matriculamos Marjorie em uma escolinha infantil por recomendação do pediatra pois ela apresentava um atraso no desenvolvimento. Ainda não falava, não buscava interação social e o contato visual era muito raro. Um ano mais tarde tínhamos ainda poucos recursos bem estruturados para ajudá-la a se desenvolver. Contávamos com fono e psicóloga e eu inquieta passei a buscar alternativas pois não se fazia diagnóstico precoce como hoje. Não havia clínicas de intervenção precoce, assim como hoje ainda não temos serviços tão relevantes para os jovens e adultos com autismo. Assim, pesquisando conheci e fui visitar a AUMA, encontrei Eliana Boralli, a Nat e todo o belo trabalho que já vinha sendo feito havia anos. Após um PEP-R, fomos aconselhados a mantê-la na escola em que já estava incluída e bem adaptada.

Embora minha filha nunca tenha frequentado a AUMA, sinto como se fizesse parte da nossa vida e testemunhei crianças e jovens que se beneficiaram muito desse belo trabalho. Eu admiro a garra de quem abraçou o autismo antes mesmo de existir traçado com clareza quais os caminhos para direcionar essas crianças e suas famílias, antes de sabermos como cada autista é único em sua maneira de enxergar o mundo e habilidades de se expressar. AUMA surgiu muito antes do autismo se tornar uma fonte de lucro garantido e isso é mais do que suficiente para eu continuar acreditando neste trabalho.